Resumo
O acesso à energia elétrica é essencial para a cidadania, mas cerca de 800 milhões de pessoas ainda carecem desse recurso, destacando um dos maiores desafios globais do século XXI. Com a crescente preocupação com as mudanças climáticas, a transição para fontes de energia renováveis e limpas se torna imperativa. Este estudo avalia a eficiência da geração de energia por plantas suculentas como uma alternativa sustentável. Utilizou-se um vaso plástico com suculenta (Aloe barbadensis), eletrodos de cobre
e zinco foram conectados em série e com auxílio do multímetro realizamos as leituras. Até o presente momento, o circuito bioelétrico gerou 0,5 V (por célula), valor suficiente quando ligamos 3 células juntas para acender alguns dispositivos elétricos, como: uma calculadora, LED, relógio. As suculentas têm células que contêm íons, os quais podem ser utilizados para criar um pequeno potencial elétrico. Os eletrodos são inseridos nas folhas de suculentas para capturar a energia gerada pela diferença de concentração de íons entre o interior e o exterior das células vegetais. Contudo, as análises seguem em andamento, com mudanças e alterações nas variáveis de aplicação, como: profundidade perfuração eletrodo-planta; distância entre os eletrodos, geometria apropriada para os eletrodos.
Referências
KATZ, E.; WILLNER, I. Bioelectrochemical systems: recent advances and new directions. Journal of Chemical Technology & Biotechnology, v. 79, n. 5, p. 425-441, 2004.
ZHANG, Y.; LIU, S. Plant-based bioelectrochemical systems: an overview. Renewable and Sustainable Energy Reviews, v. 70, p. 512-521, 2017.
LI, H.; ZHANG, M. Advances in plant-based bioelectricity: principles, materials, and applications. Energy & Environmental Science, v. 11, n. 6, p. 1683-1695, 2018.
NOBEL, P. S. Physicochemical and environmental plant physiology. Academic Press, 2009.